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Frase de José Serra, candidato derrotada dentro de seu
partido na corrida presidencial 2014. Os caciques tucanos, cansados do discurso
de paulistas, preferiram Aécio Neves.
É claro, referiu-se ao PT e seus 10 anos bem sucedidos no
comando do Governo Federal como um fracasso. Falaram de “pibinho”, volta da
inflação, corrupção, aparelhamento do Estado, etc, etc, etc. A eleição do
Presidente da sigla pareceu mais um palanque eleitoral que uma escolha direta.
A tucanada de São Paulo não gosta de Aécio. Pela boca do
Senador Aloysio Nunes saíram provocações ao mineiro que mais parecia ser alguém
da oposição. Aloysio não acredita que Aécio pode ganhar. Nem Serra. Nem
Alckmin!
Tucano paulista pensa com um rei na barriga: “Aécio precisa
ser conhecido em São Paulo”, disse uma liderança, na certeza que o estado mais
rico – e populoso – da federação é capaz de decidir a eleição presidencial.
Engano. A prova está nas últimas 3 corridas à Presidência:
foram 3 derrotas para o PT com Lula e Dilma. Não foi uma surra, é verdade, mas
não foi nada difícil, mesmo com os demais candidatos roubando votos aqui e ali.
O PSDB está dividido. A foto que ilustra este post é clara,
tirada hoje, com um Aécio de cara emburrada ouvindo o discurso de seu oponente
interno. Sabe que as coisas não serão fáceis mas resolveu aceitar os conselhos
do velho FHC e partir para a briga. FHC será estrela da campanha de Aécio; a
situação agradece!
À parte as agressões costumeiras contra Lula e Dilma; contra
as políticas sociais e econômicas deste governo, não apresentaram nenhuma
proposta consistente. Limitam-se a apontar os erros –que existem, é óbvio – mas
não sugerem ações ou políticas para quando reassumirem o comando. Esperam
ganhar as eleições apenas usando as manchetes de jornal.
É patético.
O brasileiro, que não tem nada de burro, vota com o bolso. É
assim no mundo inteiro. A sensação de bem ou mal estar é que decide quem ganha
ou perde. A Europa, em crise desde 2008, provou que os governos de direita
perderam para a esquerda, e as esquerdas, para a direita. É um simples exercício
de futurologia: se não estou bem, se minha família não está bem, mudo o
governo. Se estamos bem – e esta é uma sensação muito particular, de cada
indivíduo – , mantemos como está.
Desta forma, as eleições presidenciais de 2014 parecem se
definir desde já.
De um lado, um governo que mais acerta do que erra, com
políticas sociais agressivas, de inclusão, de geração de emprego e distribuição
de renda, crédito e consumo. De outro, a mídia fundamentalista e os partidos de
oposição. Sem discurso, sem bandeiras, montados no cavalo da “moral e ética”, “impolutos
e honestos”, pretendem voltar ao comando da Nação só com retórica.
Assim não dá!
A incógnita, hoje, é quem poderá levar a eleição ao segundo
turno, se Marina, Eduardo, ou ambos. Ou se a coisa se resolve logo na primeira.
Mas, atenção: caso haja segundo turno, nada assegura que a
rapaziada do PSDB possa disputar com Dilma. Já foram governo e não podem
reclamar de falta de oportunidade.
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A Convenção pessedebista em Brasília teve até jatinho
fretado; teve caciques, claque e palavras de ordem. A presença do senil FHC foi determinante
para que Aécio fosse escolhido Presidente da sigla e possa, assim, viajar o
país em campanha.
Mas não faltaram cutucadas:
“Boa sorte”, foi a frase que Serra dirigiu a Aécio no fim de
seu discurso. Foi o máximo que conseguiu desejar a seu colega. Não houve
qualquer elogio, qualquer insinuação de ajuda, de apoio, nada. E encerrou
dizendo: - “ ...conto com lealdade recíproca.”, como se estivesse dizendo,
escuta aqui, playboizinho, você puxou meu tapete na eleição passada, não espere
de mim o empenho que você precisa!
Moleque!
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