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A Copa do Mundo de Futebol está batendo à porta e, como já comentei anteriormente, as campanhas politicas serão interrompidas. As atenções voltarão para a seleção brasileira e, só depois da vitória ou eliminação do Brasil é que a agenda politica voltará ao normal
E com a corda toda!
Mas, desde já, pode se notar quais são as estratégias dos dois principais candidatos. Dilma Rousseff, pelo PT, e Coroné Zé Serra pela coligação da direita.
A candidata de Lula está em fase de aquecimento. Aparece um pouco aqui, um pouco acolá; dá entrevisitas a rádios e TVs e mantém o tom moderado em seus discursos. Sua coordenação de campanha sabe que o início, prá valer, será com a propaganda eleitoral gratuita da TV, em agosto.
O candidato tucano-PFL, ao contrário, está na ofensiva. Aparece muito mais na midia que o apóia, os grandes grupos corporativos com os quais tem compromissos. Todas as suas aparições são positivas e mostram um candidato firme e preparado. Quando derrapa em alguma resposta, o escondem para não causar danos. Como foi no caso de um discurso numa igreja evangélica, quando disse que quem fuma tem parte com o diabo! Putz! Este blogueiro tem parte com o cão e nem sabia!
A idéia da oposição é oferecer um produto de boa qualidade e confiável. Amparado a um forte apelo midiático, tenta vender um produto que já é velho conhecido do cliente/eleitor. Já foi governo, mas querem que acreditem que não foi. Já privatizou, mas dirão que não é privatista. É apoiado e representado pela direita mais retrógrada do Brasil, mas insistem em pintá-lo de esquerdista.
Seu slogan levará a mensagem do futuro. Que pode fazer mais. E melhor. Certamente terá um jingle animado, daqueles que dão uma cara "boa" ao produto. Sua assessoria de marketing passará a imagem de um politico competente, empreendedor, experiente, visionário e, sobretudo, de um candidato que nunca fala mal do atual Presidente. Óbvio, porque falar mal de Lula será um suicídio.
A grande desvantagem em relação à candidata do Partido dos Trabalhadores é a falta de garantia!
Todo produto que se preze tem que vir com prazo de garantia pré-estabelecido, e isso será impossivel no caso do Coroné Zé Serra. Sua aliança com o PFL o amarra ao que há de mais atrasado. O prende ao neoliberalismo econômico e à subordinação ao grande capital e aos Estados Unidos. Como foi no tempo de seu ex-chefe, o nefasto FHC, que se rendeu ao FMI e as famosas cartas de intenções que nos levaram bilhões de dolares.
Já a candidata Dilma Rousseff traz consigo o que há de mais importante no momento da decisão da opção do cliente/eleitor: a garantia de receber aquilo que se está escolhendo.
O cabo eleitoral de Dilma, Luis Inácio Lula da Silva, possuidor de um cacife de mais de 80% de aprovação entre os eleitores brasileiros – beirando os 95% em certas regiões – dirá a quem quiser ouvir que ela, sua candidata, dará continuidade aos projetos implantados pelo PT. Projetos sociais, de distribuição de renda através da criação de empregos, de oferta de crédito ao micro e pequeno empreendedor, de oportunidades no agronegócio e, sobretudo, Lula dará o aval a Dilma para que a politica econômica siga no ritmo de crescimento sustentável em que se encontra hoje.
O cliente/eleitor, diante das duas opções, certamente irá se comportar de acordo à sua realidade mais íntima. De um lado, a promessa de um produto sem garantia e, de outro, um produto comprovadamente eficiente, com a garantia oferecida por Lula. É certo que os petistas e simpatizantes da esquerda já fizeram a opção por Dilma. Assim como é certo que parte da classe média do sul e sudeste, também decidiu. Pela volta ao passado. Entretanto, a grande massa brasileira das classes C, D e E, aquelas que maiores beneficios tiveram nos 8 anos de governo Lula, será a responsável pela eleição do próximo Presidente da República.
A oposição sabe disso. Manobra para tentar chegar depois da Copa do Mundo com, pelo menos, 8 pontos de vantagem nas pesquisas. Para tanto, deveremos assistir a mais horrores na TV Globo quando falarem de Dilma. Quanto mais tentarem desgastar a imagem da candidata do PT, mais acreditam que podem cumprir a meta.
Lançar um produto no mercado envolve uma série de variáveis. Qualidade, confiabilidade, marca, preço, condições, etc.
Mas o mais importante é a percepção que o cliente tem diante do produto.
O cliente ter o sentimento de estar fazendo a escolha certa, não tem preço!
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