14 de fev. de 2012

Sou tapado! E Gilberto é uma mentira!

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Parece não haver qualquer possibilidade de usar a honestidade como forma de fazer jornalismo.
Pelo menos, para alguns, aqueles da velha mídia, que acham que somos todos idiotas e, porisso, se acham no direito de vomitar suas bobagens mentirosas sobre os brasileiros.

Vamos lá.
Estou falando de gilberto dimenstein (em minusculo mesmo, revisor!), colunista da Folha de São Paulo.
Duas pérolas escritas por este cidadão de segunda classe - e já explico a razão da segunda classe - no espaço de uma semana, apenas.

Disse ser de uma geração que via em Salvador a terra da fertilidade e da criatividade por causa de gente como Gil, Caetano, Jorge Amado, Glauber Rocha, João Ubaldo e mais alguns famosos. Vem constantemente a Salvador por questões familiares e decreta que a capital da Bahia está decadente e violenta - lixo na rua, indicadores de morte e roubos.

Ora, gilberto, a ONG que sua familia mantém na Bahia - CIPÓ - com verbas do governo do estado, há anos, não é supostamente uma organização para ajudar crianças carentes do suburbio? Seu trabalho e o de sua familia não deve ser tão eficiente como você acredita ser ... não saiu da CIPÓ nenhum Gil ou Caetano, não é mesmo? Como se só essa gente fosse a cara da Bahia, a verdadeira Salvador que, provavelmente, você pouco conhece por frequentar a Barra, o Rio Vermelho e Ondina, não é mesmo?

Então, gilberto, vou lhe dizer uma coisa: A Bahia (e Salvador) é maior que você e a quadrilha para a qual você trabalha! Aqui tem gente honesta, decente, que sua sob um sol escaldante dia após dia e não merece o titulo de sua coluna: SALVADOR É UMA MENTIRA (Clique para ler a integra da bobagem.) Pena não sermos todos Glaubers ou Ubaldos, mas temos orgulho daqui e, sinceramente, não precisamos que alguém de caráter duvidoso, como é seu caso, venha debater sobre verdades e mentiras.

Não bastasse, nesta semana o infeliz escreve outra asneira, agora com alto teor politico-partidário, querendo convencer o leitor que é um jornalista isento: POR QUE SERRA ME DEPRIME (clique para ler outra bobagem). Pura mentira!

Começa dizendo que só um tapado total para não admitir que José Serra tem qualidades administrativas escassas entre os politicos brasileiros. Quais, cara pálida? Talvez, gilberto, você esteja confundindo os Serra, deve estar querendo se referir a Veronica, a filhota, que enriqueceu do dia para a noite na época das privatizações do governo nefasto de FHC. Esta sim deve ter capacidades administrativas espetaculares ... que o diga Amaury Ribeiro Jr e seu livro "A Privataria Tucana".

Admito, diante do conceito mesquinho de gilberto, ser tapado! Sobretudo, por não poder compreender o que significa um dos parágrafos de sua coluna, que reproduzo abaixo:

Mesmo que não dispute [a presidência] , sua cabeça não vai estar integralmente em São Paulo, cuidando de enchentes ou coleta de lixo --coisas que ele considera (e dá para entender) menores.


Como assim, dá para entender? Quem é o tapado, eu ou você, gilberto?
Dizer que gosta da cidade de São Paulo e enxergar os problemas das enchentes e do lixo como coisas menores é de uma estupidez gritante! Se gosta, não pode entender! Não é Salvador a cidade do lixo?

Mas o mais interessante é que o texto, se lido na integra, à partir do título - que remete à idéia de que Serra o deprime - nos deparamos com um covarde ataque ao Partido dos Trabalhadores, acusando-o de usar a eleição municipal como trampolim para o Palácio dos Bandeirantes e tentar, como, aliás, toda a velha midia está tentando, colar seu xará, Gilberto Kassab (deixe maiusculo, revisor!), como aliado do PT.

Quem faz isso, gilberto, são seus coleguinhas tucanos, Serra e Alckmin, que sairam do governo do estado de São Paulo para concorrer à Presidência da República e perderem, fragorosamente, para Lula e Dilma. Do PT. Usaram seu voto para governador com a mente voltada no Palácio do Planalto.

Uma última coisa, que não consegui deglutir ainda: no seu curriculum, publicado abaixo de cada coluna, você menciona, gilberto, que é morador da Vila Madalena. Sinceramente, você considera este fato importante para sua competência jornalistica?

É.
Vou rever minha condição de tapado!
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PS - Infelizmente, não nasci baiano, mas escolhi Salvador como lugar para viver com minha familia. Tenho orgulho e me sinto bem aqui, apesar de todos os problemas da cidade. Sou paulistano, mas nunca morei na Vila Madalena e não acho importante me inserir num bairro para parecer descolado e legalzinho!

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No chão de outrora.

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Excelente texto retirado do jornal Folha de São Paulo (!!!) de hoje, de autoria do jornalista Janio de Freitas, à respeito da operação criminosa no Pinheirinho.
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QUEM FAZ AQUELE TIPO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DO PINHEIRINHO 
NÃO É DE DAR INFORMAÇÕES DE SEUS ATOS.


Obrigação do jornalismo raras vezes praticada pelos jornalistas, o retorno ao fato "encerrado" para verificar seus seguimentos (todos o têm, com menor ou maior interesse) fez com que Laura Capriglione e Marlene Bergamo recuperassem, pairando sobre os escombros do Pinheirinho, as muitas dívidas que as autoridades e nós outros temos com as 9.000 vítimas da brutalidade tsunâmica naquela falsa "recuperação de posse".

Os escombros das vidas vividas no Pinheirinho estão largados nos "abrigos" de quem, roubada sua moradia pela violência que se utiliza do nome da Justiça, espera pela prometida.

A anterior, cada família a fez com as próprias mãos. A próxima, se houver, será obra de uma empreiteira que aí colherá lucros extraídos de impostos pagos ao governo paulista. Inclusive pelos próprios desintegrados na reintegração do Pinheirinho. A engrenagem é diabólica.

E o que foi feito até agora do prometido? Não se sabe. Quem faz aquele tipo de reintegração de posse não é de dar informações de seus atos e compromissos públicos.

Nisso, porém, proporcionam uma oportunidade de quitarmos alguma coisa da nossa dívida: no papel de intermediários, dos cobradores chatos que ajudam a corroer, por muito pouquinho que seja, o esquecimento com que os grandes devedores querem acobertar os seus compromissos e as suas dívidas.
Há 22 dias, numerosos meios de comunicação exibiram a façanha policial de espancamento, a cassetete, de um homem sozinho, desarmado, mãos erguidas ao ver o grupo dos que andavam em direção oposta, paramentados como astronautas armados.

Geraldo Alckmin, acossado pela repercussão das imagens, prometeu investigação imediata do ocorrido. A investigar, mesmo, só havia a identidade do homem derrubado a porretadas e a dos facinorosos que o atacaram.

Mais de três semanas para fazê-lo -e nada. Diante disso, vale a pena questionar as investigações mais gerais? Aquelas que, no dizer de Geraldo Alckmin, começariam por um inquérito imediato sobre a ferocidade policial, e seus chefes, entre o ataque de surpresa às 6h da manhã e o último pedaço de casa ou de móvel a ser estraçalhado.

À falta do que dizer sobre a tal investigação, sobra o que dizer sobre a própria falta. Não se soube de providência alguma de Geraldo Alckmin, e também nada se soube da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, cuja secretária, Maria do Rosário, manifestou seu horror ao ocorrido e comprometeu-se publicamente com as providências adequadas às suas obrigações.

Nada, porém. E nada das demais secretarias da Presidência também prontas a aparecer com as críticas óbvias e as medidas respectivas.

Uma providência, a rigor, uma houve. Laura e Marlene saíram do território de destroços informadas de que, a parir de ontem, os ex-moradores estão proibidos de voltar aos seus restos para garimpar uma ou outra coisinha.

Quem sabe até um brinquedinho de plástico ou uma peça de roupa, entre aqueles pedaços de suas vidas que logo vão ajudar a preencher o solo da especulação imobiliária.

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10 de fev. de 2012

Otavinho não tem o quê fazer...

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Editorial da Folha de São Paulo de hoje trata do assunto "censura" com muita cara de pau.

Reclama que a AGU - Advocacia Geral da União - ajuizou ação contra os meninos de Goiânia que usam o Twitter para informar os locais onde se fazem as blitzes da "Lei Seca", que buscam motoristas alcoolizados.

Otavinho parece uma tia velha cuidando de seus sobrinhos malcriados!

Insinua que a AGU está tolhendo a liberdade de expressão dos moleques; prefere que a AGU se limite a processar servidores públicos e deixe em paz os infratores-sobrinhos-da-tia-velha!
Diz que se deve conscientizar sem arranhar direitos ... não se dá conta que os acidentes provocados por motoristas irresponsáveis além de arranhar, matam?

O próprio editorial reconhece o Brasil como recordista de acidentes de trânsito, com 55 mil mortes anuais, mas prefere que os motoristas continuem sendo avisados da localização das batidas policiais e encontrem outros caminhos. Para poderem se embriagar à vontade. E causar acidentes!

É.
Otavinho não deve ter mais nada a se preocupar.
O faturamento do Grupo Folha deve andar bombando.

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Abaixo, reprodução do editorial:


Zelo autoritário

Aparentemente está faltando serviço na AGU (Advocacia-Geral da União). Se todos os procuradores estivessem ocupados só com assuntos relevantes, não desperdiçariam tempo e os escassos recursos da União e do Judiciário ajuizando uma ação civil pública contra titulares de contas de um microblog que informem local e horário em que a polícia realiza suas blitze viárias.

Na ação protocolada na Justiça Federal de Goiás, a AGU pede liminarmente a suspensão imediata de todas as contas suspeitas. É fácil constatar o absurdo da demanda. Batidas policiais são fatos, e só regimes muito totalitários tentam impedir cidadãos de reportar eventos reais.

A AGU talvez tivesse um bom caso em mãos se se limitasse a processar servidores públicos que divulgam a localização das blitze. Essa é uma situação em que o agente poderia estar violando seu dever de sigilo, especialmente se a informação circular antes de os policiais saírem às ruas.

Nesta semana mesmo, o secretário de Juventude do Distrito Federal, Fernando Neto, provocou polêmica ao passar adiante duas mensagens que davam as coordenadas de blitze em duas vias movimentadas de Brasília. Demonstrou mais solidariedade aos jovens do que ao poder público, que representa, mas, mesmo nesse caso, parece difícil afirmar peremptoriamente que houve má conduta.
De todo modo, na ação judicial, que potencialmente enquadra qualquer cidadão, os procuradores se excederam, a ponto de ameaçar a liberdade de expressão.

Ninguém ignora que as batidas, em especial as voltadas para implementar a lei seca, são necessárias. O Brasil é um dos recordistas em violência no trânsito, com mais de 55 mil mortes anuais. Parte significativa delas está associada ao consumo de álcool, para não mencionar o exército ainda maior de pessoas que carregam as sequelas de acidentes automobilísticos.

Evitar que pessoas embriagadas tomem o volante é ao mesmo tempo medida de saúde pública e imperativo moral. A fiscalização da lei seca constitui peça desse combate.

A intensificação das blitze está associada à diminuição do número de acidentes de trânsito na área afetada. É preciso, contudo, ampliar a conscientização sem arranhar direitos e garantias fundamentais assegurados na Constituição. Talvez seja um pouco mais difícil, mas não impossível.

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1 de fev. de 2012

A MIDIA É UMA GRACINHA ...

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A Presidenta Dilma Rousseff está em Cuba em visita oficial.
Jornalões e jornalistazinhos bateram pesado, em editoriais furiosos, cobrando posição contra Cuba, à favor de Direitos Humanos.

Louvável, já que Cuba não é modelo de tratamento aos direitos humanos.
Nem o Brasil, nem os Estados Unidos, França, Alemanha, Japão, Irã, Arábia Saudita ... terei que nomear um a um todos os países do mundo?

Enquanto isso, a invasão pela PM paulista do terreno do Pinheirinho, há poucos dias, que ofendeu gravemente os direitos humanos de 1600 familias, continua escondido pela midia tupiniquim. Nem uma palavra à respeito do descontrole exagerado da Policia Militar de São Paulo, a mando do governador tucano.

Assim, seguem sendo parciais, hipócritas e sem qualquer vestigio de vergonha na cara.

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