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Ao ter recusado o registro de seu novo partido, a Rede
Sustentabilidade, Marina Silva escolheu uma via dentro dos padrões tradicionais
para lançar sua candidatura ao Planalto: ir ao PSB – Partido Socialista Brasileiro.
Pode sair como cabeça de chapa ao lado de Eduardo Campos ou como vice.
Não importa. A derrota da direita será a maior da história.
PSDB, DEM e PPS estão fadados ao fracasso diante do quadro
que se apresenta, com Dilma largando com enorme vantagem mas, com a presença
quase garantida de Marina, dificilmente levará no primeiro turno.
É muito provável que tenhamos um segundo turno entre PT e
PSB. Um partido trabalhista e outro, socialista.
Para piorar ainda mais para a direita, suas bancadas
federais irão se esfacelar; a representatividade poderá diminuir ainda mais. O
DEM, que já vem minguando há tempos, corre sério risco de desaparecer!
O PPS, que tentou atrair Marina ao lhe oferecer a sigla, morre
na praia: seu cacique Roberto Freire, pernambucano como Eduardo Campos,
afundará agarrado em José Serra!
O PSDB é, talvez, o único com alguma chance de sobrevida.
Apoiado por uma classe média saudosista, e reacionária, fará uma bancada
pequena, e verá Aécio Neves enterrar definitivamente o liberalismo econômico do
período FHC. Não sobrará nenhuma liderança tucana após a derrota que se
anuncia.
E a mídia fundamentalista terá sido a maior prejudicada.
Os colunistas de veja, estadão, folha e globo* perderão a
referência de nomes capazes de retornar ao poder central. Os Mervais, Nunes, Leitões,
Azevedos e outros, terão diante do próximo governo eleito um dilema: render-se
à vontade popular ou continuar a mentir! Em favor de quem?
Dificilmente Eduardo Campos e Marina, em caso de vitória,
mudarão o rumo dos investimentos sociais no Brasil nem trarão de volta os
velhos índices de desemprego, pobreza e exploração da mão de obra. A tendência
é seguir em frente. Para desespero dos perdedores.
O segundo turno da eleição presidencial de 2014, se houver,
será o primeiro entre dois candidatos à esquerda! Será a consolidação da
expressão da democracia, a vontade popular de optar pela via progressista.
O Brasil amadureceu nos últimos 20 anos.
Fomos capazes de quebrar as correntes que nos prendiam aos
dogmas neoliberais, às mãos de ferro das potências capitalistas ocidentais que
durante séculos nos mantiveram sob controle: o pensamento único que vigorou até
o século passado quebrou-se e nos permitiu vislumbrar um novo tempo, um tempo
de distribuição de renda, geração de emprego e cidadania.
Ao que tudo indica, o rumo é sólido e irreversível.
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* Este blogueiro recusa-se a grafar os nomes dos jornais
folha, globo e estadão, e da revista veja, com as iniciais maiúsculas.
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2 comentários:
Amigo,
Essa imprensa MARROM, HIPÓCRITA E NOJENTA! Seus nomes nem deveriam ser citados para não manchar a página do seu blog.
Pois é, Anselmo, faço questão de deixar em minúsculo os nomes destas empresas pq não merecem nosso respeito.
Abraços!
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