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Se a corrida ao Planalto começou – e começou mesmo! – as
correntes de oposição passam a enviar recados cada vez mais claros à sociedade
e ao mercado. À sociedade, visando apoio eleitoral na urna; aos mercados, buscando
financiamento para as campanhas.
O MENINO DO RIO,
por exemplo, já disse que deverá tomar “medidas impopulares” se vencer. Seu
guru financeiro Arminio Fraga emitiu alguns sinais de quais poderão ser estas
medidas: controle do gasto público e contenção dos salários.
Já o BONITÃO DO
AGRESTE, que vem colado na popularidade da FADA DA FLORESTA, sem ter onde amarrar seu jegue, disse através da
boca de seu auxiliar Eduardo Gianetti da Fonseca que seu programa de governo
não trará diferença relevante em relação ao programa tucano. Portanto, o mesmo método será
usado para formular a política de governo se os socialistas vencerem.
O discurso de ambos deixa clara a mudança no rumo da
economia caso Dilma não seja reeleita. Ou seja, a volta ao passado, o
retrocesso aos tempos do FMI, dos altos juros, do alto desemprego e,
principalmente, da concentração de renda.
Na essência, trata-se de um modelo esgotado. A crise mundial
de 2008, que se arrasta até hoje, exigiu maior interferência do Estado na
economia, exatamente como foi feito nos governos Lula e Dilma. Investimento
público para geração de emprego e renda. Não é por outra razão que somos um dos
países com maior empregabilidade e distribuição de renda.
Aliás, a tal distribuição de renda, motor da redução da
desigualdade social, é responsável pela baixa suscetibilidade aos danos causados
pela crise mundial. Enquanto países da Europa e mesmo os EUA empobrecem, China,
India Brasil, Russia e África do Sul sentem pouco as turbulências no quesito
bem estar social.
Mas, qual a razão dos candidatos da oposição irem buscar
esta fórmula tão perversa para a população?
Simples. Ao frear os salários, aumentar a taxa de juros,
reduzir drasticamente o investimento do Estado e sua influência na economia, diminuem
o PIB mas mantém o instrumento base da concentração de renda: o monstro chamado
SUPERÁVIT PRIMÁRIO.
O que nada mais é que economizar um determinado valor para
pagar os juros da rolagem da dívida, e deixar por conta dos agentes do mercado os rumos da economia. Todos nós
sabemos que o mercado sempre se protege, reajusta preços, faz cartel, suborna,
atua como proprietário das leis que
jura proteger, mas manipula. O mercado é o grande responsável pelo empobrecimento
da Europa e dos EUA, que joga com o capital especulativo em detrimento das famílias
que reduzem, a cada dia, seu padrão de vida.
A classe média norteamericana já está mais pobre que a
classe média europeia, e este círculo vicioso leva ao caos social. Desemprego e
sofrimento.
Em 2002 Lula foi eleito para implementar programas sociais
de apoio às famílias. Dilma os ampliou. Trouxemos para o consumo milhões de
pessoas que hoje ascenderam de classe e são justamente estas pessoas que movem
a economia atual.
Se o modelo do retrocesso vencer, as consequências são
absolutamente desastrosas e previsíveis. Basta ver o que aconteceu no Primeiro
Mundo quando o Estado se retirou da vida das pessoas.
Para aqueles que estão do lado do Estado Mínimo, recomendo
estudarem as medidas que os governos dos países desenvolvidos adotaram para
tentar superar a crise. Interferência direta na economia injetando bilhões, até
trilhões, de dólares para tentar frear o descontrole. Aumento de gasto e
endividamento público.
Se é para concentrar renda, o caminho é votar na oposição.
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Um comentário:
"Menino do Rio", "bonitão do Agreste" e "Fada da Floresta" caíram muito bem nos políticos a que se referem. Para terminar, faltou apenas a "Anta do Planalto", que ainda mais que os três citados, faz jus ao apelido com perfeição.
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