"Estou particularmente preocupado com o fato de que nossa previsão, já muito negativa, vai ser ainda mais negativa se um estímulo fiscal apropriado não for colocado em prática', disse o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, em uma entrevista à rádio BBC.
Espantosa a declaração do FMI. Merece um Nobel de Economia, não merece, Mister Strauss-Kahn?
É engraçado, não fosse trágico, o organismo mais predador da economia, o Fundo Monetário Internacional, nesta altura do campeonato sair com uma previsão destas. Logo eles, que destruíram redes sociais inteiras em países submissos a suas teses; logo agora, quando todas as escolas neoliberais do mundo se curvam diante da ineficiência da auto regulamentação dos mercados.
A crise, versão 1.929 piorada, é de credibilidade. O banco tem medo e não empresta; o consumidor não compra por falta de crédito e medo do desemprego; o empresário não vende, não investe e não contrata. O medo dos banqueiros aumenta e o crédito é cada vez mais restrito.
Este é o círculo vicioso que o FMI não conseguiu prever. Mas posava de bacana quando esculachava países pobres com suas teorias ultra conservadoras.
Governos de países desenvolvidos - aliás, os causadores da crise - agem de forma unificada e geram, a cada liberação de bufunfa a grupos empresariais falidos, mais déficit público. Estima-se, para 2009, déficit da ordem de 2% do PIB Global ! Reduzem taxas de juros para estimular o crédito e ... a crise continua! É tediosamente óbvio, se a crise é de credibilidade ...
Do outro lado da crise, grupelhos faturam alto nessa ciranda, que mais parece uma suruba financeira. Tediosamente, os mesmos, os amigos dos presidentes e primeiros-ministros dos países ricos. Não parece claro que, ao saber que os EUA derramaram 700 bilhões de verdinhas na economia doméstica, via bancos privados, e essa grana toda não chegou ao consumidor, alguém embolsou uma parte ? Entra dinheiro pelo ladrão e não tem prá quem emprestar ... Isso sem falar nos demais países do G-8 .
Que tédio !
Entretanto, na parte meio-pobre do planeta, mais precisamente, neste país tropical bonito por natureza, os grupos empresariais mais poderosos e a imprensa mais comprometida do globo (desculpem o trocadilho), pedem diminuição de juros e corte nos gastos públicos. Querem reduzir o déficit público brasileiro, desde que não mexam em seus recheados bolsos. Que o governo tire dinheiro dos investimentos sociais !
Ora, melhor irem plantar batatas!
A questão da redução da SELIC é muito delicada e deve ser tratado com o máximo de responsabilidade. Particularmente, este blogueiro concorda que não se mexa na taxa, pelo menos, por enquanto. Mas esta discussão vai longe ...
Quanto ao déficit público, melhor os mauricinhos da FIESP pensarem melhor antes de emitirem suas opiniões partidarizadas e comprometidas. Ser neoliberal não necessariamente quer dizer ser burro, mas um pouco de inteligência ajuda.
Se não é o governo que vai despejar dinheiro na economia agora, quem é que vai?
[ ] As empresas filiadas a FIESP ?
[ ] As Escolas de Samba do grupo especial do Rio de Janeiro ?
[ ] Os capuchinhos do Mosteiro de São Bento ?
[ ] Ivete Sangalo + Caetano Veloso + Regina Duarte ?
[ ] O governo de Lula do PT ?
[ ] Todas as alternativas anteriores.
Marque com um X no meio do quadradinho para a alternativa que você considerar correta.
Vale um doce de coco.
2 comentários:
Júlio,
feliz Natal para vc e sua família, e que o sentimento de revolta contra a injustiça e a pobreza, que motivou a luta daquele menino nascido há dois mil anos, continue a movê-lo contra os poderes promotores destas mazelas que persistem ainda hoje.
Um abraço,
Obrigado, Marcio Costa, pelas palavas de incentivo.
O trabalho é de todos nós, se quisermos uma sociedade mais justa e livre da mídia mais comprometida do mundo!
Abraços!
Júlio Pegna
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