17 de out. de 2009

A FÁBULA DA AGENDA DE LINA.

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Era uma vez uma agenda vermelha.
Sua dona era uma menina chamada Lina.
Lina tinha um grande defeito: gostava de mentir.
Um dia, Lina fez uma coisa muito feia e o Rei a mandou embora do Castelo.
Lina morava num reino distante, porisso teve que arrumar suas malas e voltou para onde viviam seus familiares.
Encaixotou todos os seus brinquedos e suas roupas e partiu. Sua agenda vermelha, ela embrulhou em um lindo papel dourado e o colocou no fundo do baú dos brinquedos.
Lina ficou muito brava. Como ela gostava de mentir, espalhou que uma Ministra do Rei tinha feito uma coisa muito feia, e disse que tinha escrito na sua agenda vermelha o dia em que se encontrou com a Ministra.
Mas ela não podia mostrar a agenda, senão seria desmascarada. Disse, então, que sua agenda estava no fundo do baú dos brinquedos e que precisava de muito tempo para encontrá-la.
O tempo foi passando e ela continuou mentindo. Inventou uma data para dizer que esteve no castelo da Ministra, mas não conseguia provar. A cada mentira, ela ficava mais enrolada.
Então Lina conheceu um malfeitor que lhe prometeu ajuda. Era o dono da revista Veja que também gostava muito de mentiras. Combinou com Lina o que ela deveria dizer, e ele escreveria em sua revista as mentiras. Ele disse assim:
Vou te ensinar uma lição importante: como criar uma verdade à partir de uma mentira.
O malfeitor chamou um menino de nome Reinaldo, e pediu que ele dissesse que viu a agenda de Lina e que ela havia escrito alguma coisa sobre o encontro com a Ministra do Rei. Reinaldo também era mentiroso, e ficou feliz por dizer que viu a agenda vermelha de Lina.
As pessoas do reino quiseram saber de Lina se era verdade, mas ela começou a chorar e disse que tinha ficado muito triste com tudo o que tinha acontecido, e que não queria mostrar a agenda e nem falar mais no assunto.
Lina fez como o malfeitor pediu. Insistiu na mentira, com a ajuda de outras pessoas más, para que todos acreditassem que era verdade.
Lina acha que todos no reino exageram quando a chamam de mentirosa, mas ela tem medo da verdade. Como o malfeitor da revista Veja e o menino malvado chamado Reinaldo.
Ninguém acreditou na mentira que eles inventaram e todo o reino riu dos mentirosos.

Moral da história:

A mentira nunca vira verdade.
Quem mente, nasce uma espinha na pontinha do nariz e não ganha presente de Natal.
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