Não parece, absolutamente, verossímil a versão apresentada
pela mídia sobre a suposta confissão que Marcos Valério, “operador do mensalão”,
teria a fazer sobre Lula e Palocci.
Em primeiro lugar, porque sua pena já está quase fixada: 40
anos, parte dela, em reclusão.
Segundo, porque a mídia está usando um argumento que nada
tem de legal. Está espalhando o boato que ele vai solicitar ingresso no
programa de proteção a testemunha em troca da denúncia inédita contra o PT. Ele
deixou de ser testemunha quando foi instaurado o inquérito da AP 470 e, hoje,
seu status é de “réu condenado”.
Terceiro, caso ele tivesse algo a dizer já o teria feito no
decorrer do processo no STF ou, ainda, para a Policia Federal antes da denúncia
da Procuradoria Geral da União, por volta de 2005/2006. Não o fez, nem poderia
contar com a influência do PT no STF pois, como todos sabemos, estava – e está –
recheado de membros conservadores e saudosistas.
Quarto: nesta fase do julgamento não é mais possível
reverter as acusações nem incluir outros réus. Caso fosse, ao incluir o
Presidente Lula na AP 470, a PGR teria que refazer a acusação de forma integral
e vários réus condenados teriam o direito a nova defesa, além de terem que
interrogar novos suspeitos. Lula, entre eles.
Qual a razão para levantarem, neste pós-eleição, a
possibilidade de novas revelações de Marcos Valério?
Só há uma resposta: o resultado das eleições.
Só há uma resposta: o resultado das eleições.
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A coisa se passou, mais ou menos, assim:
No primeiro mandato de Lula, quando as oposições cogitaram o
impeachment durante a CPI dos Correios, a mídia acreditou que a divulgação
incessante, diária, da “corrupção do PT” fosse suficiente para a retomada do
poder.
Não foi. Lula foi reeleito.
Tinham certeza que, depois de derrubarem Dirceu e Palocci,
nomes fortes para a sucessão, a tucanada voltaria ao poder nos braços do povo
por falta de competidores.
A campanha à favor do nome forte do PSDB, José Serra, foi
escandalosa. Davam como barbada a vitória em 2010. Não contavam com a astúcia
de Lula ao lançar a “mãe do PAC”, o poste, a ilustre desconhecida e
inexperiente em campanhas, Dilma Vana Rousseff.
Quem lembra como foi a campanha presidencial de 2010 vai
acordar para os fatos que levaram o pleito ao segundo turno: uma orquestração
rasteira colocando Dilma como “abortista”, “terrorista”, e, até “homossexual”,
foi montada. Com isso, evitaram a derrota escandalosa em primeiro turno!
Restava o julgamento do “mensalão”.
Programado para tomar as manchetes em plena campanha
municipal, o STF foi manipulado pela mídia oposicionista para cumprir o roteiro
que daria a derrota ao PT. Assim foi feito, com frases de efeito, risadas de
Ministros do STF em horário nobre da globo*, capas da veja* acusando de
corruptos os réus do PT, manchetes e matérias de velhos jornalões decretando
que o PT seria expelido da vida política nacional.
Novamente, caíram do cavalo.
O planejamento de editores-chefes fundamentalistas
incompetentes, incapazes e burros, não deu certo. O queridinho Serra foi
derrotado por outro “poste” de Lula em pleno curral tucano-pefelista: São Paulo
deu uma lição histórica que deixará marcas profundas no interior de redações da
velha – e incompetente – imprensa do Brasil.
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A saída, pelo teor das matérias veiculadas na semana
seguinte às eleições, é destruir o criador ao invés das criaturas.
Ele, “o cara”.
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* Este blogueiro recusa-se a grafar
os nomes dos jornais folha, globo e estadão, e da revista veja, com as inicias
maiúsculas.
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Um comentário:
pois é o marcos valerio antes amigão do pt , agora não presta né , é um condenado como os demais .
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