Evo Morales
Presidente da Bolívia eleito democraticamente
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Esta é uma data repleta de simbologia.
Entrou para a história com os atendados ao WTC em 2001, em Nova Iorque.
Mas já fazia parte da história da humanidade. Em 1973, em Santiago do Chile, no Palácio de La Moneda, o general Augusto Pinochet liderava um golpe militar contra o presidente Salvador Allende, eleito democraticamente naquele país. Allende foi assassinado e iniciou-se uma das mais sangrentas ditaduras militares da América do Sul.
Hoje, neste 11 de setembro de 2008, outro golpe se aproxima.
Em La Paz, o também presidente eleito democraticamente, Evo Morales, enfrenta uma das piores crises da história recente da Bolívia. A oposição, representada pela elite empresarial da província de Santa Cruz de La Sierra, bloqueou o fornecimento de gás natural ao Brasil, seu principal parceiro comercial, e manifestações pelas ruas do centro de la Paz indicam uma possível tentativa de tomada de poder a força.
O povo Bolivariano irá resistir; um possível enfrentamento civil pode enfraquecer ainda mais a já fragilizada economia boliviana, que depende, basicamente, da exportação de gás. O comércio com o Brasil representa mais de 50% de todas as exportações da Bolívia, e a interrupção do fornecimento de gás poderá enfraquecer Morales.
Uma pena.
Num país predominantemente índio, Evo Morales representa mais de 75% da população; de origem indígena, identifica-se facilmente com o povo mais pobre daquele país. Há poucos meses, um referendo popular livre deu a Morales 2/3 de aprovação a seu governo. Esse é o motivo do levante iniciado pela classe média alta boliviana.
Vale pensar:
Nos três eventos que cito acima, os Estados Unidos estão intimamente ligados aos fatos. Sempre de modo negativo. Provocando a ira dos povos islâmicos, financiando golpes de estado ou apoiando grupos paramilitares e empresariais sem escrúpulos para fazerem o serviço sujo.
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