BABACAS E JAGUNÇOS

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Porque o espanto? Todo Coroné que se preze tem jagunço. Não seria diferente no caso de Serra.

O neocoronelismo paulista usou, desta vez, o presidente do partido do Coroné Zé Serra para preparar a emboscada. Nas páginas da Veja, Sérgio Guerra destilou suas “verdades” como um profeta de botequim: vai ganhar as eleições e acabar com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Disse, também, que a ministra Dilma é mentirosa.

O PT reagiu na voz de Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra (presidente e presidente eleito do partido): O candidato do PSDB é hipócrita e usa o presidente de seu partido como jagunço.

Todo mundo sabe que as ações de um partido politico se baseiam na percepção do eleitor, principalmente à véspera do pleito, como é o caso agora.

Esta percepção é medida através de pesquisas encomendadas pelos partidos politicos, que definem suas estratégias de acordo à manifestação do eleitor. Estas pesquisas não são divulgadas; servem de linha mestra ao marketing politico. O mesmo acontece quando uma empresa pretende lançar um produto ou uma marca e precisa saber qual será o comportamento do consumidor.

O fato é muito claro: o partido do Coroné Zé Serra sabe que o nome da ministra Dilma Rousseff está em crescimento graças ao apoio do Presidente Lula, que a leva em sua companhia nas viagens pelo Brasil. Aos poucos, de forma consistente, o nome Dilma está tomando corpo e as intenções de voto no Partido dos Trabalhadores está se solidificando.

A continuar neste ritmo, Dilma vence no primeiro turno. É tudo o que o Coroné não quer. Porisso, armou barraco e pretende descer o nivel para tentar tirar algum proveito.

O Presidente Lula, ao qualificar Sérgio Guerra de “babaca”, acertou na mosca: o comportamento de Guerra, o jagunço, é demasiadamente tolo. Este é o pior caminho para tentar reverter uma situação politica.

Melhor seria, para o Coroné, construir sua candidatura com um programa de governo atrativo ao eleitor, aos brasileiros, que, pela primeira vez na história, passaram a usufruir do crescimento econômico, com direito crescente e absoluto à cidadania.

Não é o que fará a direita, que vê a repartição da riqueza entre todos os brasileiros como algo negativo; sempre se fartou da ignorância e da miséria para aumentar suas fortunas pessoais em detrimento do trabalhador que constrói esta nação.

Não é o que fará a direita, que não sabe dirigir sem explorar; não quer dividir seu espaço com gente pobre e pretende mantê-los sob rígido controle, como fazia o “bom e velho” coronelismo nordestino, agora travestido de moderno e intelectual, circulando nas ruas da Vila Madalena, em São Paulo.

Felizmente, o brasileiro evoluiu. No nordeste os Coronéis caíram aos pouco e os que ainda sobrevivem têm os dias contados.

Para o brasileiro, em geral, direita ou esquerda não faz muito sentido. Emprego erenda, faz. Saúde, Educação e Lazer, também. Lula fez crescer este país num modelo oposto aos neocons. Fez crescer a participação das pessoas, retirando da miséria vários milhões de seres marginalizados, oferecendo, dentro das regras do capitalismo, oportunidade de trabalho aos esquecidos.

Deve ser por esta razão que Dilma Rousseff está crescendo nas pesquisas de opinião. Deve ser pelo apoio explícito de Lula a Dilma que a previsão de eleição no primeiro turno assusta tanto os tucanos.

Sérgio Guerra, além de babaca, mostra-se incapaz de oferecer uma alternativa melhor. Azar o dele. Azar do Coroné.

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