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A dimensão da crise financeira na Espanha está deixando muita gente de cabelo em pé.
Com sua origem nos Estados Unidos em 2008, o furacão econômico já passou pela Irlanda, Portugal e Grécia, permanece rondando as noites - e os dias - dos investidores ao redor do mundo.
Não podemos esquecer que Barack Hussein Obama derramou mais de 1 trilhão de dólares na economia estadunidense assim que assumiu a Presidência. O objetivo era sanear o sistema bancário falido!
Não saneou.
Pior, gerou uma onda de insegurança tal que, no mundo globalizado, se espalhou contaminando todos os mercados. Até a China, que acusou o golpe da crise ao reduzir a meta de crescimento para 2.012.
O Fundo de Estabilização Europeu, criado com o objetivo de manter reservas preventivas para controlar o Euro, possui, hoje, algo em torno de 500 bilhões de Euros. É uma espécie de FMI caseiro, para conter as crises da zona do Euro.
Ao anunciar a liberação de 100 bilhões de Euros para saneamento dos bancos espanhóis, ontem, deu algum alívio ao mercado. Mas não durou. No dia seguinte, os investidores voltaram a exigir taxas de juros cada vez maiores da Espanha, fechando, ontem, em 6,7% ao ano. Uma monstruosidade!
O erro na conduta da solução da crise está na origem. Dificilmente será resolvido o problema financeiro mundial enquanto os bancos mantiverem total controle sobre a circulação de moeda no mundo, e não apenas da moeda, mas, sobretudo, nos títulos das dívidas dos governos dos países ocidentais!
O BOLSA-BANCO, instrumento inventado pelos gênios capitalistas de Harvard, só provoca adiamento provisório da crise, que volta revigorada e cada vez mais sedenta de recursos.
Banco privado é como o urso, um predador que come de tudo e se adapta para digerir todo tipo de alimento.
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Já li tantas críticas ao Bolsa-Família que já nem me interesso mais em defender o programa criado pelo PT. De nada serve falar de seus benefícios para aqueles que partem do principio de que pobre não merece ajuda. É pura perda de tempo.
Mas, diante do sucessivo fracasso nas tentativas de resolver a crise nos países ricos; vendo que as medidas são sempre as mesmas, ou seja, ajuda incondicional aos bancos privados sem qualquer contrapartida, me pergunto se nunca passou pelas cabeças dos gestores capitalistas americanos e europeus que seria muito mais produtivo repassar recursos para geração de emprego!
Se a Espanha, por exemplo, cuja taxa de desemprego está na casa dos 25% - sendo mais de 40% entre os mais jovens - investisse os recursos visando criar postos de trabalho, a solução poderia estar mais próxima e com custos sociais muito menores.
É de espantar a forma de raciocínio imbecil de colocar dinheiro na boca do urso enquanto a população caminha a passos rápidos para o declínio social, moral e econômico!
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Um comentário:
É isso que dá vender bancos públicos acreditando que o deus mercado é eficiente, ao primeiro sinal de naufrágio os ratos são os primeiros a abandonar a nau.
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