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A estratégia politica traçada pelo Presidente Lula para alavancar a candidata Dilma Rousseff, era polarizar a eleição presidencial.
Tudo levava a crer que, ao comparar o governo tucano ao petista, o eleitor optaria por aquele que se mostrou mais eficiente. Lula acreditava que, com esta proposta, levaria Dilma ao 2º turno.
A oposição, temerosa com a comparação, tratou, desde o inicio, de seduzir o eleitorado com a idéia de que o governo Lula era a continuidade de FHC, o nefasto. A midia repetiu essa balela à exaustão, querendo fazer crer que a tucanada nos havia colocado na rota do desenvolvimento com distribuição de renda e geração de emprego.
Pois bem, a pouco mais de um mês para o pleito de 03 de Outubro, percebe-se que a campanha não está polarizada. PT X PSDB não aparece no programa eleitoral de Dilma. Pelo contrário. O tucano Serra, entretanto, tenta se colocar na garupa de Lula, e chega ao cúmulo de prometer dobrar o Bolsa-Família, outrora desqualificado por ele mesmo ao ponto de ser chamado de Bolsa-Esmola.
O que se está vendo é uma gigantesca transferência de popularidade, movimento nunca antes visto na história deste país!
Acredito que nem o próprio Lula tinha capacidade de prever seu real poder de influência ao tratar de votos. Nem bem começa o horário eleitoral e o Datafolha de hoje mostra Dilma com 20 pontos à frente de Serra, e 40 pontos de Marina Silva, do PV. É óbvio que a postura e capacidade de comunicação de Dilma também influi no processo, mas até muito pouco tempo ela era uma ilustre desconhecida do eleitor que não acompanha a vida politica nacional. Em resumo, o mais pobre e menos politizado acaba de ser apresentado à candidata do Partido dos Trabalhadores.
Mesmo entre os eleitores de José Serra, conforme matéria da Folha.com disponivel aqui, 15% afirmam votar no candidato de Lula, demostrando desconhecimento do processo.
A rota descendente da candidatura da direita está ficando cada vez mais consolidada; revertê-la será um milagre. A possibilidade de vitória do PT no 1º turno passa a ser uma variável absolutamente possivel. A oposição está em franco declinio. Hoje, José Serra perde, inclusive, em seus redutos eleitorais mais cativos, como Rio Grande do Sul e São Paulo. Dentre todas as Capitais do Brasil, Serra vence apenas em Curitiba e, mesmo assim, por uma pequena margem.
Se a idéia de Lula era polarizar, não foi preciso. Sua simples presença ao lado de Dilma na TV ou nos comicios já está desmonstrando força suficiente para elegê-la sem maiores dificuldades. A continuar neste ritmo crescente do PT, é enorme a possibilidade de Serra ter que competir com Marina Silva pelo segundo lugar.
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Enquanto isso, a velha midia, diante do quadro de total fracasso de suas estratégias manipuladoras, escolheu praticar o terrorismo. Divulga, como que num ato desesperado, quem serão os nomes que irão compor o Ministério de Dilma Rousseff. Busca, em vão, exibir nomes associados ao mensalão para que parcela da sociedade tenha medo.
Não funcionou em 2006 e não funcionará em 2010.
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5 comentários:
Parabéns pela análise, Pena!
A mídia nativa amarga os resultados de sua desastrosa campanha pró-Serra. Requentar matérias de denúncias (falsas ou não) contra o governo não foi o suficiente para provar aos eleitores que com o seu candidato "O Brasil Pode(ria) Mais".
Adontando a antiga estratégia do medo, adivinhe quem quiser, a campanha demo-tucana vai pro saco antes do fim das eleições. E Serra corre o risco de sair ainda mais nanico que em 2002.
Abraços!
Pesquisa do Ibope, publicada neste sábado (28), fechou a tampa do caixão do candidato da mídia.
"A performance de Dilma já se equipara à de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, o então candidato petista teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas", publicou o website do Estadão, o que poderia ser o título da matéria se este não fizesse parte da oposição.
Do Imprensa Marginal
Abraço, Júlio!
Amigo Humberto;
Foram preciso apenas 8 de anos de um bom governo para a população reconhecer que, finalmente, podemos incluir ao invés de excluir.
Cá entre nós - que ng nos leia - mas não foi dificil para Lula fazer crescer o pais e repartir renda. Os outros - todos - foram tão incompetentes que vai ser moleza eleger Dilma no primeiro turno.
Abraços,amigo!
É verdade, Júlio!
Muito pertinente o seu comentário. Imagine se a população, de fato, tivesse o que Marx conceituou como "consciência de classe".
Mas isso pode demorar um pouco.
Abraços!
Caro Humberto,
acho que devemos considerar os conselhos do nosso querido Marx, existe só uma forma de integrarmos todo o povo para os direitos de todos....
A Revolução ...
Quem sabe a internet nos ajude ....
Abraços
Paulo Pegna
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