11 de out. de 2010

Eu acuso: Serra é o assassino de Eloá.



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Para fazer campanha politica não é preciso mentir, inventar, caluniar nem ofender. Estas práticas, usadas fartamente pela direita brasileira, têm mostrado as mil caras do candidato Serra.
 
Os blogs sujos, como este, têm sido acusados de fazer campanha para Dilma. Com muito orgulho, este blogueiro confessa: é verdade!

Entretanto, para fazer campanha é necessário ser honesto e o primeiro mandamento de uma campanha é não se esconder. A liberdade de expressão que existe neste país é tão ampla, que permite, até, que um comediante vá a TV e chame o Presidente Lula de ladrão, vagabundo e picareta.

Usando da mesma liberdade, este blog trás de volta um episódio triste e doloroso, mas real, que envolve diretamente o candidato Serra num crime bárbaro contra uma adolescente de 15 anos, assassinada por puro interesse eleitoral.

Alguém esqueceu?

A história se passou em 2008, mês de outubro, véspera do segundo turno da eleição para prefeitos de todo o Brasil.

Em São Paulo, o hoje candidato José Serra trabalhava para eleger Gilberto Kassab, o representante da vanguarda do atraso, como eu disse na época. Kassab, do PFL, concorria com Geraldo Alckmin, do PSDB, mas Serra o apoiava em detrimento da indicação de seu partido. Nas pesquisas, sua curva era descendente a duas semanas do pleito.

Em 13 de outubro daquele ano Eloá Cristina Pimentel, 15, foi sequestrada por Lindemberg Alves. Um rapaz esquizofrênico e perigoso que, armado, ameaçava matar a ex namorada por tê-lo abandonado. A Policia Militar cercou o apartamento e começaram as negociações de praxe. Corte de energia, envio de mantimentos, exigências. Tudo levado àdiante como manda o manual da PM.

Aquela ocorrência foi se arrastando, com cobertura ao vivo pelas TVs, por um período exageradamente longo, o maior da história para crimes do gênero. Mais de cem horas e o país em comoção, a invasão era adiada sem qualquer motivo aparente.

Mas, em 16 de outubro, outra ocorrência colocou em evidência o estado de São Paulo: um conflito de extrema violência entre as policias civis e militares do estado, em frente ao Palácio de Governo onde Jose Serra despachava. Uma verdadeira batalha nas ruas do bairro do Morumbi, com cobertura total da imprensa. Cenas de tiros e bombas; de gente ferida e muito, muito sangue.

Dia 17 de outubro veio, então, a ordem de invasão do apartamento onde Eloá Quadros era mantida refém. Assim foi feito. De forma atabalhoada, policiais aloprados arrombaram a porta e invadiram o imóvel diante das câmeras. Numa operação sem qualquer planejamento, pôde-se ver um policial subindo uma escada para entrar pela janela, muito tempo depois de serem disparados tiros. Sem tecnologia, sem coordenação, sem preparo, a invasão assustou o sequestrador que disparou duas vezes. Um dos tiros atravessou a cabeça e matou Eloá, 15.

Não vou colocar links nem videos destes episódios em respeito aos 2 anos da morte de uma jovem inocente. São facilmente encontrados no youtube. Assim como é fácil encontrar a entrevista de um comandante da SWAT americana, um brasileiro, que em entrevista ao programa de Ana Maria Braga classificou o episódio de amador e negligente.

Publico apenas a foto de Eloá, 15, sorridente, para que esta imagem represente a juventude da garota assassinada.

A relação entre os dois eventos parece nítida: a crise das policias poderia prejudicar a campanha rumo à prefeitura do candidato escolhido por Serra, o governador de São Paulo que, constitucionalmente, é o chefe da Policia Militar Estadual, e uma invasão deste porte, transmitida ao vivo pelas TVs, não ocorre sem uma ordem tácita do governador.

José Serra, ao mandar invadir o apartamento onde havia duas adolescentes na mira de uma arma, sabia do risco. Preferiu ordenar a invasão para mudar o foco da imprensa do conflito das policias. O resultado foi a perda de uma vida inocente. De uma garota que nada tinha a ver com as aspirações politicas de um candidato.

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 Este blog sujo não faz calúnias. Não ofende nem manipula informações.

A cronologia acima mencionada é real. Os eventos, também. Especialistas em ações policiais com reféns, todos, acusaram o Comandante da operação, um certo Coronel Félix, de incompetência.

Lindemberg Alves foi preso. Nenhum procedimento de investigação militar interna foi divulgado, muito menos alguém foi punido.

Eloá Quadros, 15, morreu pela ação negligente da PM Paulista, sob o comando incompetente de de José Serra que, em última análise, ordenou a operação.

À época (postagem de 19/10/2008), este blog sujo escreveu:

Governador José Serra: a morte de Eloá Quadros, 15, está na sua conta.

A biografia de Serra contém o sangue de uma menina assassinada.

Isso não é trololó.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Deprimente, você é um crápula ao fazer uso da minha prima nessa eleição. Seu calhorda, FDP!

Bina

Anônimo disse...

ops, quem a usou foi o serra, só consegui ver aqui o levantamento dos fatos. Todo mundo estava plantado na frente da tv, rezando pra dar tudo certo e foi com esse sensacionalismo exagerado que a imprensa conseguiu abafar o conflito das policias em sp, uma falta de escrupulo, uma vergonha. Quero que Eloá descanse em paz, que os policiais sejam respeitados, bem treinados e bem pagos e que o serra vá pro inferno.