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Dezenas de blogs e sites mantidos por entidades evangélicas brasileiras mostram um fenômeno que ocorreu na eleição presidencial de ontem: a onda crente.
À parte do que o editor deste blog pensa à respeito de religiões – todas, indistintamente – é preciso levar em consideração o que ocorreu entre os evangélicos, conhecidos como crentes.
Pastores e simpatizantes cristãos, em sua imensa maioria, recomendaram que seus fiéis votassem em Marina Silva, do PV, usando argumentos difundidos pela internet nos últimos dias de campanha: aborto e maconha.
As imagens abaixo foram colhidas de sites e blogs evangélicos e, de forma direta e incisiva, recomendam que não votem em Dilma Rousseff, associando a candidata do PT a pecados cristãos.
Alguns blogs, inclusive, atacam a maior liderança evangélica do país, Edir Macedo da Universal, maior, mais ramificada e mais rica igreja dentre as evangélicas, acusando-o de "abortista-mor".
Fica fácil compreender a razão do segundo turno para a eleição presidencial quando se enxerga o voto pela fé. Não foi apenas a igreja evangélica que escolheu este caminho; o rabino mais famoso da congreção israelita paulista recomendou o voto em Serra e algumas igrejas católicas, como o bispo de Guarulhos/SP, também.
Mas ao que parece é que a disseminação do voto evangélico, orientado pela politica, foi maior e mais eficiente. Bom exemplo foi a eleição no Rio de Janeiro, onde Marina Silva obteve a segunda votação mais expressiva do Brasil e, ainda, elegeram duas lideranças evangélicas locais importantes, como Marcelo Crivella para o Senado Federal e Anthony Garotinho para Deputado Federal com três vezes mais votos que o segundo colocado.
Diante disso, percebe-se que não houve o voto "verde" em Marina e que seu cacife não é tão alto como se supõe. Dos quase 20% de votos obtidos pelo PV, é provável que pouco mais da metade tenham sido "votos-verdes" legítimos. O restante, com certeza, foram "votos-crentes".
À campanha DILMA 13 PRESIDENTE resta agir para reverter este quadro. O trabalho será árduo, pois descontruir as mentiras plantadas é mais dificil. Expôr a verdade nem sempre é o caminho mais fácil, principalmente se levados em consideração assuntos tão complexos como o aborto, o uso de drogas, a união civil homossexual, temas que muitos evangélicos acusam Dilma de compactuar.
À militância, como já disse antes, sobra o empenho individual para levar àdiante o projeto de crescimento econômico com distribuição de renda. E o uso de todas as ferramentes disponíveis para fazer chegar a informação verdadeira sobre Dilma Rousseff àqueles que votaram PV no primeiro turno, desmontando as versões evangélicas equivocadas.
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